1. Manuel Bandeira (1886-1968)
Obras principais: Cinza das horas (1917); Carnaval (1919); Ritmo dissoluto (1924); Libertinagem (1930); Estrela da manhã (1936); Lira dos cinquent'anos (1948); Estrela da tarde (1963)
Características gerais da poesia:
· Fusão entre a confissão pessoal e a vida cotidiana.
· Um clima de desejo insatisfeito e amargurado percorre a sua obra. A tuberculose impediu-o de viver profundamente. Desta forma, a poesia representou para ele "toda a vida que podia ter sido e que não foi."
· Os poemas Vou-me embora pra Pasárgada ("Vou-me embora pra Pasárgada / Lá sou amigo do rei / Lá tenho a mulher que eu quero / Na cama que escolherei"), Balada das três mulheres do sabonete Araxá e Estrela da manhã se inserem nesta linha do desejo insatisfeito.
· Outro tema dominante em sua poesia é o da morte.
· Bandeira é também um grande poeta do cotidiano: descobre o lirismo perdido nos becos, nos arrabaldes, em pobres quartos de hotel e em tudo que é irrisório e banal.
· Sua expressão poética é de absoluta simplicidade. Uma simplicidade que o levou a desconsiderar (equivocadamente) a importância de sua própria poesia:
Criou-me, desde eu menino
Para arquiteto meu pai
Foi-se-me um dia a saúde...
Fiz-me arquiteto? Não pude!
Sou poeta menor, perdoai!
Não esqueça: Manuel Bandeira é o poeta que melhor realiza a síntese entre a grande tradição da lírica ocidental e a radicalidade da poesia moderna. Da tradição, herda os temas universais (morte, infãncia, desejo amoroso, questionamento da vida). Do modernismo, o coloquial, o cotidiano e o verso livre.
2. Cecília Meireles (1901-1964)
Obras principais: Viagem (1939); Vaga música (1942); Mar absoluto (1945); O romanceiro da Inconfidência (1953)
Características gerais:
· Uma poesia presa à tradição lírica do passado.
· Há nela forte herança simbolista: a maioria das obras expressa estados de ânimo, vagos e quase incorpóreos. Além disso, certas imagens naturais como o mar, a areia, a espuma, a lua, o vento etc., por sua repetição obsessiva, acabam também ganhando uma dimensão simbólica.
· Predominam os sentimentos de perda amorosa e solidão. A atmosfera de dor existencial é ampliada pela insistência no tema da passagem do tempo.
· Sua linguagem é elevada, sublime, com pouca presença do coloquial.
O romanceiro da Inconfidência:
É a sua experiência poética mais significativa. Para escrevê-lo, pesquisou todos os elementos históricos que compuseram o evento. Ao mesmo tempo, encontrou uma forma poética específica do passado ibérico: o romanceiro. Trata-se de um conjunto de poemas narrativos, unidos por um tema central. Cada poema é um romance.
Composto por oitenta e cinco romances, O romanceiro da Inconfidência oferece uma visão dramática e lírica da sociedade mineira do século XVIII, de suas principais figuras humanas e do levante republicano abortado pela denúncia de Joaquim Silvério:
Melhor negócio que Judas
fazes tu, Joaquim Silvério:
que ele traiu Jesus Cristo
tu trais um simples Alferes...
Não esqueça: O romanceiro da Inconfidência é um texto que parte de uma reflexão sobre a história concreta do levante mineiro e alcança uma dimensão lírica superior, tornando-se uma interrogação sobre o sentido das ações humanas.
Fonte: http://educaterra.terra.com.br/literatura/
Obras principais: Cinza das horas (1917); Carnaval (1919); Ritmo dissoluto (1924); Libertinagem (1930); Estrela da manhã (1936); Lira dos cinquent'anos (1948); Estrela da tarde (1963)
Características gerais da poesia:
· Fusão entre a confissão pessoal e a vida cotidiana.
· Um clima de desejo insatisfeito e amargurado percorre a sua obra. A tuberculose impediu-o de viver profundamente. Desta forma, a poesia representou para ele "toda a vida que podia ter sido e que não foi."
· Os poemas Vou-me embora pra Pasárgada ("Vou-me embora pra Pasárgada / Lá sou amigo do rei / Lá tenho a mulher que eu quero / Na cama que escolherei"), Balada das três mulheres do sabonete Araxá e Estrela da manhã se inserem nesta linha do desejo insatisfeito.
· Outro tema dominante em sua poesia é o da morte.
· Bandeira é também um grande poeta do cotidiano: descobre o lirismo perdido nos becos, nos arrabaldes, em pobres quartos de hotel e em tudo que é irrisório e banal.
· Sua expressão poética é de absoluta simplicidade. Uma simplicidade que o levou a desconsiderar (equivocadamente) a importância de sua própria poesia:
Criou-me, desde eu menino
Para arquiteto meu pai
Foi-se-me um dia a saúde...
Fiz-me arquiteto? Não pude!
Sou poeta menor, perdoai!
Não esqueça: Manuel Bandeira é o poeta que melhor realiza a síntese entre a grande tradição da lírica ocidental e a radicalidade da poesia moderna. Da tradição, herda os temas universais (morte, infãncia, desejo amoroso, questionamento da vida). Do modernismo, o coloquial, o cotidiano e o verso livre.
2. Cecília Meireles (1901-1964)
Obras principais: Viagem (1939); Vaga música (1942); Mar absoluto (1945); O romanceiro da Inconfidência (1953)
Características gerais:
· Uma poesia presa à tradição lírica do passado.
· Há nela forte herança simbolista: a maioria das obras expressa estados de ânimo, vagos e quase incorpóreos. Além disso, certas imagens naturais como o mar, a areia, a espuma, a lua, o vento etc., por sua repetição obsessiva, acabam também ganhando uma dimensão simbólica.
· Predominam os sentimentos de perda amorosa e solidão. A atmosfera de dor existencial é ampliada pela insistência no tema da passagem do tempo.
· Sua linguagem é elevada, sublime, com pouca presença do coloquial.
O romanceiro da Inconfidência:
É a sua experiência poética mais significativa. Para escrevê-lo, pesquisou todos os elementos históricos que compuseram o evento. Ao mesmo tempo, encontrou uma forma poética específica do passado ibérico: o romanceiro. Trata-se de um conjunto de poemas narrativos, unidos por um tema central. Cada poema é um romance.
Composto por oitenta e cinco romances, O romanceiro da Inconfidência oferece uma visão dramática e lírica da sociedade mineira do século XVIII, de suas principais figuras humanas e do levante republicano abortado pela denúncia de Joaquim Silvério:
Melhor negócio que Judas
fazes tu, Joaquim Silvério:
que ele traiu Jesus Cristo
tu trais um simples Alferes...
Não esqueça: O romanceiro da Inconfidência é um texto que parte de uma reflexão sobre a história concreta do levante mineiro e alcança uma dimensão lírica superior, tornando-se uma interrogação sobre o sentido das ações humanas.
Fonte: http://educaterra.terra.com.br/literatura/
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