Muitas vezes ouvimos críticas sobre mudanças que vêm acontecendo na Língua Portuguesa e nos esquecemos de olhar para trás, confrontá-las com o passado.
No Brasil, a Língua Portuguesa sofreu muitas alterações. Quando os portugueses chegaram aqui, o país era habitado por indígenas que falavam uma grande variedade de línguas. Depois, a colonização portuguesa, as grandes invasões, a escravidão dos africanos, a proibição de se falar o tupi-guarani, vocábulos herdados de imigrantes recebidos ao longo da História, as reformas ortográficas. Tudo isso contribuiu para o nosso Português. Gramáticos certamente criticaram essas mudanças quando elas aconteceram. O fato é que quando refletimos sobre isso, ou ficamos admirados: “ Nossa Língua mudou para melhor! Ficou mais simples! ─ ou ficamos indignados ─ Perdemos o que tínhamos de mais belo, nossa Língua! Poderíamos falar o tupi-guarani! Para dominar um povo é só proibi-lo de falar sua língua natal..."
Cada época tem sua forma de escrever e de comunicar. Não se pode negar que as mudanças ocorridas da década de 20 até hoje foram notáveis, que dirá se comparássemos com a escrita de 100 anos atrás? E não dá para imaginar o que pode acontecer daqui em diante.
A chegada da Internet é um marco histórico. Com sua popularização as mudanças tornaram-se mais intensas e mais velozes. A comunicação, pela sua velocidade, pode causar rapidamente um grande impacto, porque os jovens quando se comunicam em tempo real buscam economizar tempo. Precisam de agilidade. É dessa forma que se comunicam. Além de abreviarem as palavras, aboliram vogais, pontuação e acentuação, mudaram a grafia de muitas palavras, passaram a substituir o alfabeto por símbolos, imagens animadas(emotions) que podem ser entendidas em qualquer idioma. Essa nova linguagem universal é uma verdadeira revolução: o "internetês".
O internetês é uma variação lingüística fruto de um comportamento social. O que está acontecendo, dizem alguns, é um processo irreversível e dinâmico, com muitas alterações gráficas. Constantemente surgem novas criações e o internetês evolui todos os dias desobedecendo às normas da linguagem culta. Todos os dias surgem novas convencionalizações e o bom internauta deve aprender para não ficar desatualizado. A nova escrita virtual é rápida e quem não está habituado a ela fica sem entender. Conversar num chat sem usar o internetês demonstra ignorância digital.
Essa mesma linguagem está sendo usada nas comunicações por celular, através dos torpedos: quanto menor o número de caracteres, mais espaço para escrever a mensagem.
Há uma polêmica no ar: existem as pessoas que são a favor e as que são contra esse fenômeno:
Aquelas pessoas que são a favor, afirmam que o internetês não é uma ameaça para a Língua Portuguesa, que apenas conhecendo a língua padrão é que se decifra os novos sistemas de código, e vêem essa variante mais como uma contribuição do que como uma ameaça ás normas cultas. Também destacam que é preciso preparo para enfrentar essa mudança e que a expansão dessa linguagem digital vai depender do interesse econômico. Para eles, só o tempo poderá provar se haverá alteração ou não na Língua Portuguesa.
As que são contra, argumentam que o internetês é uma degradação da Língua Portuguesa, um verdadeiro atentado, e que isso acontece porque os usuários do celular e da Internet criaram essa forma de se comunicar por não dominarem a norma culta.
O professor atuante, para lidar confortavelmente com essa realidade, precisa acompanhar as mudanças. Provavelmente, com a velocidade da Internet, essa mudança será contínua. Quem não pegar o bonde, ou melhor, o trem bala da história, só Deus sabe a vergonha que poderá passar diante das novas gerações que ano a ano chegam às classes escolares. Não basta refletir, é necessário agir, e com urgência, mas como agir?
Fonte: http://piquiri.blogspot.com/2008/04/internets.html
No Brasil, a Língua Portuguesa sofreu muitas alterações. Quando os portugueses chegaram aqui, o país era habitado por indígenas que falavam uma grande variedade de línguas. Depois, a colonização portuguesa, as grandes invasões, a escravidão dos africanos, a proibição de se falar o tupi-guarani, vocábulos herdados de imigrantes recebidos ao longo da História, as reformas ortográficas. Tudo isso contribuiu para o nosso Português. Gramáticos certamente criticaram essas mudanças quando elas aconteceram. O fato é que quando refletimos sobre isso, ou ficamos admirados: “ Nossa Língua mudou para melhor! Ficou mais simples! ─ ou ficamos indignados ─ Perdemos o que tínhamos de mais belo, nossa Língua! Poderíamos falar o tupi-guarani! Para dominar um povo é só proibi-lo de falar sua língua natal..."
Cada época tem sua forma de escrever e de comunicar. Não se pode negar que as mudanças ocorridas da década de 20 até hoje foram notáveis, que dirá se comparássemos com a escrita de 100 anos atrás? E não dá para imaginar o que pode acontecer daqui em diante.
A chegada da Internet é um marco histórico. Com sua popularização as mudanças tornaram-se mais intensas e mais velozes. A comunicação, pela sua velocidade, pode causar rapidamente um grande impacto, porque os jovens quando se comunicam em tempo real buscam economizar tempo. Precisam de agilidade. É dessa forma que se comunicam. Além de abreviarem as palavras, aboliram vogais, pontuação e acentuação, mudaram a grafia de muitas palavras, passaram a substituir o alfabeto por símbolos, imagens animadas(emotions) que podem ser entendidas em qualquer idioma. Essa nova linguagem universal é uma verdadeira revolução: o "internetês".
O internetês é uma variação lingüística fruto de um comportamento social. O que está acontecendo, dizem alguns, é um processo irreversível e dinâmico, com muitas alterações gráficas. Constantemente surgem novas criações e o internetês evolui todos os dias desobedecendo às normas da linguagem culta. Todos os dias surgem novas convencionalizações e o bom internauta deve aprender para não ficar desatualizado. A nova escrita virtual é rápida e quem não está habituado a ela fica sem entender. Conversar num chat sem usar o internetês demonstra ignorância digital.
Essa mesma linguagem está sendo usada nas comunicações por celular, através dos torpedos: quanto menor o número de caracteres, mais espaço para escrever a mensagem.
Há uma polêmica no ar: existem as pessoas que são a favor e as que são contra esse fenômeno:
Aquelas pessoas que são a favor, afirmam que o internetês não é uma ameaça para a Língua Portuguesa, que apenas conhecendo a língua padrão é que se decifra os novos sistemas de código, e vêem essa variante mais como uma contribuição do que como uma ameaça ás normas cultas. Também destacam que é preciso preparo para enfrentar essa mudança e que a expansão dessa linguagem digital vai depender do interesse econômico. Para eles, só o tempo poderá provar se haverá alteração ou não na Língua Portuguesa.
As que são contra, argumentam que o internetês é uma degradação da Língua Portuguesa, um verdadeiro atentado, e que isso acontece porque os usuários do celular e da Internet criaram essa forma de se comunicar por não dominarem a norma culta.
O professor atuante, para lidar confortavelmente com essa realidade, precisa acompanhar as mudanças. Provavelmente, com a velocidade da Internet, essa mudança será contínua. Quem não pegar o bonde, ou melhor, o trem bala da história, só Deus sabe a vergonha que poderá passar diante das novas gerações que ano a ano chegam às classes escolares. Não basta refletir, é necessário agir, e com urgência, mas como agir?
Fonte: http://piquiri.blogspot.com/2008/04/internets.html
Nenhum comentário:
Postar um comentário